Desculpem-me por iniciar um post sobre a Alemanha e Áustria sem antes completar o post sobre Orlando. É que voltei de viagem ontem e as informações ainda estão fresquinhas na minha mente.
Vamos do começo.... Como já falei em Orlando, para viajar para a Alemanha e a Áustria, você terá que ter passaportes válidos (veja os requisitos no post anterior) mas não precisa de visto.
Providências antes de viajar: renovar os passaportes, telefonar para a Vivo para habilitar o celular em roaming internacional (o valor da chamada é um absurdo mas, em uma emergência, quero ter um celular que funcione), por precaução telefonei para os cartões de crédito para avisar que iria viajar e que eles não poderiam ser bloqueados no exterior.
Fomos de Lufthansa, com vôo direto para Munique. Na última hora, foi remarcado o nosso horário e o vôo foi adiantado em 3h.
Como não gosto de atrapalhar ninguém, sempre vou com o meu carro para o aeroporto de Guarulhos e o deixo em um estacionamento próximo, que me leva para o aeroporto. Desta vez deixei no estacionamento Fly Park que me cobrou R$285,00, pelo período de 15 dias, porque tenho carteirinha de advogado.
Não sei o motivo mas a Lufthansa trecho SP-Munique não confirmou a alimentação especial para crianças.
O que sei é que fomos o único casal (de malucos) a embarcar com 2 crianças no vôo.... Como sempre, na Lufthansa, embarcamos antes da primeira classe.
Depois de 13 horas de vôo, desembarcamos em Munique. Como estava havendo uma feira na cidade, os hotéis estavam caríssimos. Então, resolvemos alugar um carro e começar a nossa viagem pela Rota Romântica.
Primeiro fiasco da viagem: fizemos a reserva do carro através do concierge do cartão Visa, que nos enviou o código de Reserva e um certificado, que deveria ser apresentado na locadora, para nos isentar do pagamento dos seguros do carro, com exceção do seguro contra terceiros (teoricamente, quem aluga carro com o cartão de crédito Visa Infinite, tem direito, gratuitamente, ao seguro CDW e LDW). Chegamos na locadora, o carro estava lá mas, surpresa, o certificado entregue pelo concierge da Visa não podia ser aceito porque não era o formulário correto!!!
Telefonamos para o número internacional do concierge fornecido e o próprio rapaz da locadora falou com os atendentes do concierge, explicando qual seria o formulário correto, etc. Depois de 2 horas, sem qualquer retorno, começamos a procurar outro carro pois, se tivéssemos que pagar pelos seguros do carro reservado pelo concierge, o seu valor mais do que dobraria.
Antes de sairmos do Brasil, por orientação de um amigo, nos cadastramos no site da Hertz para obtermos vantagens. Assim, fomos ao balcão da Hertz que, apesar de também não aceitar o certificado do seguro enviado pelo concierge, nos ofereceu um bom preço pelo carro.
Como estávamos preocupados com o fato de que poderíamos pegar neve na pista, tivemos que alugar um carro com pneu de neve. Alugamos, assim, um Mercedes Classe E, com pneus para neve, que, pelo período compreendido entre 10/11/12 e 25/11/12, custou 527,72 euros e, com os seguros, passou para o valor final de 1012,50 euros (ou seja, o valor do carro dobrou com os seguros que, supostamente, teriam que ser arcados pelo cartão visa infinite).
Como perdemos quase 3 horas com esta besteira do concierge do cartão visa, tivemos que fazer alguns cortes na viagem.
Saímos de Munique e fomos para Augsburg, que é a terceira maior cidade da Baviera. Rodamos de carro, passamos pela Maximilian Strasse, que é a rua principal da cidade.
Antes de sairmos do Brasil, meu marido combinou com alguns amigos que os encontraríamos em Rothenburg ob der Tauber, às 17:00h, do primeiro dia de viagem.
Assim, por conta do atraso na locação do carro, acabamos só visitando a cidade de Augsburg de carro, não chegamos a parar em lugar algum.
Esta foto foi tirada de um site, não me lembro qual...
Enfim, ficamos rodando, procurando onde seria a Romantic Strasse. Porém, o GPS do carro, apesar de excelente, não tinha nenhuma indicação da estrada romântica e acabamos caindo na estrada rápida, em direção à Rothenburg ob der Tauber.
Rothenburg ob der Tauber, é uma cidade medieval toda murada. É linda e li, em algum lugar, que inspirou Walt Disney na criação do vilarejo do Pinóquio. A cidade é fofa, com casinhas coloridas mas, apesar de ser sábado, não havia quase ninguém nas ruas.
Paramos o carro em um estacionamento (P4, que é somente para carros) fora da cidade murada. Não precisamos pagar nada porque uma alemã simpática nos deu o seu ticket do estacionamento, que teria validade até o dia seguinte. Porém, se tivéssemos que pagar, seria 1 euro por hora e, por dia, 5 euros.
Começamos a percorrer as ruelas da cidadezinha, um encanto.
Chegamos na praça principal e já encontramos os amigos do meu marido, nos esperando. Como estavam fazendo compras em uma loja de ursos de pelúcia, fomos ao Museu do Natal, que fica aberto, durante o mês de novembro, das 10 às 17:30h e custa 7 euros por família (http://www.weihnachtsmuseum.de/). Tenho que confessar que, apesar de ser apaixonada pelo Natal, achei o museu bem fraquinho. A loja, que fica no mesmo prédio do museu, pelo contrário, é maravilhosa. Pena que os preços sejam bem proibitivos para os brasileiros... Mesmo assim, a loja vale uma visita. É uma pena que não seja possível tirar fotos da loja. Há uma árvore imensa no meio e muitos, muitos enfeites.
Fomos jantar em um restaurante local, chamado Red Rooster, no Hotel Roter Hahn (obrigada Rachel por me lembrar o nome), site:http://www.roterhahn.com/index.php?site=restaurant, onde meu marido comeu joelho de porco, eu e as crianças comemos schnitzel, que é um empanado de carne, normalmente, acompanhado de batatas fritas. Felizmente, meu pequeno adorou o prato. O garçom foi muito simpático, até sabia um pouquinho de português, gastamos 53 euros.
O jantar foi ótimo, a companhia dos amigos maravilhosa. Foi uma noite muito gostosa.
O jantar foi ótimo, a companhia dos amigos maravilhosa. Foi uma noite muito gostosa.
Queria fazer o tour noturno, em inglês, do nightwatchman, que seria às 20h mas, como meu pequeno não dormiu no avião, estávamos super cansados e acabamos indo para o hotel, que ficava na cidade de Füssen, perto de Nuremberg.
Desmaiamos no hotel.
2o Dia - NUREMBERG
Como era domingo e estava um dia horrível, com muita chuva, não fomos para Wüzrburg como planejado e visitamos Nuremberg.
Acordamos com um café da manhã maravilhoso no hotel NH Forsthaus de Füssen, que fica em um bairro residencial, bem próximo à Nuremberg.
Como chovia muito, começamos com o Germanisches Nationalmuseum, museu fundado em 1852, que abria das 10:00 às 18:00h, e o ticket para toda a família custou 9 euros.
Meus filhos ficaram encantados com a quantidade de objetos da era medieval existente no museu. Já o meu marido, que toca piano, adorou a parte dos instrumentos musicais. Vimos modelos de pianos que jamais havíamos visto antes. Ele é enorme e vale a visita.
Enfrentando a chuva, fomos para o Castelo Imperial de Nuremberg, ou Kaiserburg, símbolo de Nuremberg, que fica em um ponto bem alto da cidade murada, no qual, no período compreendido entre 1050 e 1571, residiram, ainda que por pouco tempo, todos os imperadores do sacro império romano. Ou seja, o prédio era bem "novinho".
O Castelo ou Kaiserburg abre, entre outubro a março, das 10 às 16:00h, (http://www.kaiserburg-nuernberg.de/). Não há estacionamentos na região. Sofremos, então, para parar o carro nas ruas. Não é nada fácil entender as placas de estacionamento.
Compramos um ticket chamado Mehrtagesticket der Bayerischen Schlösserverwaltung que dá acesso a todos os castelos da Baviera, por 14 dias consecutivos, para toda a família, por 40 euros (http://www.schloesser.bayern.de/deutsch/schloss/objekte/jahreskarten.pdf).
O Kaiserburg fazia parte dos castelos incluídos neste ticket e, então, pagamos 40 euros. Aliás, este ticket vale muito a pena pois inclui todos os castelos da Baviera, incluindo os famosos castelos de Ludwig II.
Para a nossa felicidade, estavam fazendo um tour infantil pelo castelo e meu filho mais velho teve a chance de experimentar uma autêntica roupa da época medieval (malha metálica) e passou pelo ritual de se tornar cavaleiro. Nem preciso dizer que amou, apesar de muito reclamar sobre o peso da roupa.
As visitas pela capela têm que ser acompanhadas por um guia. Bem, não havíamos percebido este detalhe e, quando chegamos no setor de informações, ficamos sabendo que não haveria mais tours em inglês naquele dia. Como ficamos tristes, um simpático guia alemão, se ofereceu, gratuitamente, para nos acompanhar pela capela. Não havia nenhum móvel nela mas o simpático guia nos explicou sobre sua diferente arquitetura, que consta com 2 capelas distintas, uma para o povo e, outra, para o imperador, em um mesmo ambiente. Gostamos muito da explicação do guia.
Para finalizar, meus filhos e o meu marido subiram na alta torre que existe no local. Como rompi os ligamentos dos joelhos, poucos dias antes da viagem, resolvi ficar lá embaixo, esperando o meu grupinho.
Como meu filho está no 6o ano na escola, decidimos que deveria saber um pouco sobre a 2a. Guerra Mundial. Então, fomos ao Dokumentationszentrum Reichsparteitagsgeläende, um museu dedicado a explicar sobre o nazismo e o julgamento de Nuremberg (http://www.museums.nuremberg.de/documentation-centre/opening-times.html)
Como era domingo, o horário de abertura do museu era das 10:00h às 18:00h sendo que, os ingressos são vendidos, apenas, até às 17:00h e custaram 10,50 euros para a minha família. O ingresso dá direito a utilização de audio guides. Não há áudios em português. Assim, peguei 2 em inglês e, para as crianças, em espanhol. Foi bom para o meu filho mais velho ver que qualquer guerra é algo absurdo e que deve, a todo custo, ser evitado. Crianças assistem muitos desenhos, onde aparecem armas, lutas, e não conseguem perceber os horrores por trás de uma guerra. O museu explica, de forma bem didática, a ascensão de Hitler, suas idéias, a consecução de seus ideais (com fotos exibindo diversos judeus mortos) e, finalmente, o julgamento dos envolvidos pelo tribunal de Nuremberg.
Foto da descrição das insígnias que deveriam ser usadas fixadas no braço de toda a população, para diferenciar os membros da população |
Arquivos originais do julgamento de Nuremberg |
Acho válido conhecer este tipo de lugar uma vez que, um povo que desconhece a sua própria história, tende a repeti-la.
Caminhamos pelo centro da cidade, que estava começando a ser decorado para o Natal.
Jantamos no restaurante Heilig Geist Spital, fundado em 1339, sim, você leu direito, o restaurante foi fundado no início do século XIV. O mais engraçado foi a garçonete, preocupada em me explicar que tudo era original, com exceção do telhado, que era "novo", já que o antigo foi destruído na 2a. guerra mundial e teve que ser reconstruído em 1945. Se ela soubesse que um restaurante, no Brasil, fundado em 1945, é considerado extremamente antigo.... A comida estava boa, o ambiente é lindo (sobre um rio) e vale a pena conhecer. Endereço: Spitalgasse, 16 (http://www.heilig-geist-spital.de/index.php?Home)
Voltamos ao hotel e as crianças ainda estavam com fôlego. Foram, então, para a piscina coberta do hotel. Curioso era que não a piscina mas, sim, o ambiente era aquecido, de forma que, mesmo estando um frio de -1 grau externamente, na área da piscina, você sentia calor e era possível usar a piscina sem problemas. As crianças adoraram.
3o Dia - WÜRZBURG E BAMBERG
Acordamos cedo, tomamos nosso delicioso café da manhã e partimos para Würzburg. Como o monumento mais antigo da região, a fortaleza denominada Festung Marienberg, estava fechada no mês de novembro, fomos direto para a Residenz, que abre, de novembro a março, das 10:00h às 16:30h (com a entrada até às 16:00h) e utilizamos o ticket de 14 dias para a família, adquirido em Nuremberg no dia anterior. Assim, somente tivemos que pagar o estacionamento que, aliás, foi um dos melhores do nosso passeio, pois ficava em frente ao castelo e não era caro.
O lugar é muito bonito, foi construído entre 1720 e 1744. Infelizmente, não era possível tirar fotografias dentro do Residenz, motivo pelo qual acabamos comprando um livrinho sobre o mesmo na lojinha.
Saindo do Residenz, do lado esquerdo do estacionamento, parte um trenzinho que faz um tour pela cidade, no horário das 11:00h às 15:00h, em inglês, ao custo de 15 euros para a família. Fizemos o tour, que foi bom porque vimos quais os melhores lugares para serem visitados a pé depois. Quando terminou, voltamos aos lugares favoritos.
A cidade de Würzburg é famosa por ser uma das maiores produtoras de vinhos na Alemanha e há várias visitas guiadas às vinícolas, com degustação de vinhos. Contudo, como estávamos com crianças pequenas e dirigindo, nem pensamos em fazer degustação de vinhos. Quem sabe em uma próxima vez....
Como ainda era cedo e não estávamos com fome, partimos para Bamberg que, em 1993, merecidamente, foi reconhecida como patrimônio da Humanidade pela Unesco. Simplesmente amei esta pequena cidade que se localiza a 100km de Würzburg e a 65km de Nuremberg.
Infelizmente, chegamos tarde para conhecer os principais monumentos da cidade, que fecham muito cedo.
Quando programamos um viagem, temos que fazer escolhas, sem sabermos, ao certo, sobre os locais escolhidos, baseados, apenas, em vagas informações de guias e da internet.
Havia visto um passeio na cidade de Bamberg que parecia muito legal mas, como todos diziam que Würzburg era uma cidade mais bonita, acabei não o fazendo. Foi um dos maiores erros da minha viagem pois, no fundo, gostei muito mais de Bamberg do que de Würzburg.
Aqui vai a resenha do tour, caso alguém queira o fazer e, depois, me dizer se foi bom:
O tour começa às 10h e custa 20,50 por pessoa (http://www.bamberg.info/en/pauschalen/bamberg_entdecken-866/)
"Programme:
§ 10am: 80-minute river cruise on the Regnitz and the Main-Danube Canal
§ 11.30am: lunch at an inn in the Old Town: Crisp pork shoulder with sauerkraut and a dumpling or turkey steak in a cream sauce, vegetable rice and a small salad
§ 1pm: Guided tour "Fascination World Heritage“ including the most outstanding sights in the city centre
Includes:
§ approx. 80 minute river cruise
§ lunch (see programme)
§ 2-hour guided tour "Fascination World Heritage“
O tour começa às 10h e custa 20,50 por pessoa (http://www.bamberg.info/en/pauschalen/bamberg_entdecken-866/)
"Programme:
§ 10am: 80-minute river cruise on the Regnitz and the Main-Danube Canal
§ 11.30am: lunch at an inn in the Old Town: Crisp pork shoulder with sauerkraut and a dumpling or turkey steak in a cream sauce, vegetable rice and a small salad
§ 1pm: Guided tour "Fascination World Heritage“ including the most outstanding sights in the city centre
Includes:
§ approx. 80 minute river cruise
§ lunch (see programme)
§ 2-hour guided tour "Fascination World Heritage“
Se alguém fizer este passeio, por favor, me fale se valeu a pena.
Rodando a pé pela cidade, encontramos uma simpática alemã que nos indicou um restaurante italiano nas proximidades, chamado Salino, que fica na Schillerplatz 11 (http://www.salino-bamberg.de/). Comi um macarrão gostoso (spaguetti all cartoccio, que vem embrulhado em ppel alumínio pegando fogo - 9,80 euros), o marido e as crianças ficaram com a lasagna (preço 8,20 euros) e disseram que estava ótima. Chegamos cedo para jantar e conseguimos uma mesa. Mas , se resolverem ir ao restaurante mais tarde, aconselho fazerem reserva antes, pois é bem lotado. Gastei menos do que 50 euros, pelo que me lembro.
Voltamos ao hotel super cansados mas felizes....
4o Dia - REGENSBURG E PASSAU
Acordamos cedo e fomos em direção à Regensburg, que fica a 114 km de Nuremberg.
Antes de ir para o centro da cidade, propriamente, passamos no Templo Walhalla (Walhalla Strasse, 48), erguido em mármore, pelo rei Ludwig I, inspirado no Templo de Partenon, na Grécia (http://www.walhalla-regensburg.de/english/index.shtml)
Paramos o carro no estacionamento e subimos os vários degraus até o templo. O local é um amplo salão, que está em reformas, repleto de bustos de personalidades que falam o idioma alemão. No mês de novembro, fica aberto em um horário "bem" flexível, das 10:00 às 11:45h e das 13:00h às 15:45h. Ou seja, se quiser conhecer o templo, tem que prestar muita atenção aos horários e, acredito eu que, no inverno, com a neve, as escadas que ligam o estacionamento ao templo devam ficar bem escorregadias.
Olá. Sou Marcos, lá do fórum. Tinha me esquecido de comentar, já li o relato há um tempão. Não pretende continuá-lo ?
ResponderExcluirNotei que os perrengues se deveram mais à dificuldade natural de viajar com grande grupo, mas de resto parece ter sido uma viagem fantástica.
Abraços.